segunda-feira, 20 de junho de 2011

Abstrair-me ...


Essa infâmia promíscua está tirando minhas forças, mas algo ainda não passou. Olhando pro nada procuro achar respostas cabíveis a tais sensações. Já tentei de tudo, meditação, budismo, mesa branca, macumba, evangelismo, etc. Agora quero ficar em inércia.
Penso que se me afastar de tudo que enfatiza algum vestígio seu, essa dor passaria. Mas enquanto tento colocar em prática, meu peito corrói, sinto que as lembranças servem como meu alimento diário. Porém, hoje, consigo pensar no quão bem você me fazia sentir sem me martirizar por isso. Também consigo lembrar-me do quão lindo seu sorriso era, sem derramar nenhuma lágrima.
É você que está fazendo isso? É você que está estatizando sua ausência no meu interior sem fazer doer como antes? Pensar que sim é confortante. Penso em abstrair-me por um tempo, em um dia qualquer, de uma praça qualquer, em um banco qualquer. Mas ainda assim, essa falta que eu tento desprezar, não sumirá. Por mais que um dia ela deva sumir, me sinto viva, quase morrendo.

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