[...]Eu descobri que a gente morre. Eu sei agora que
a gente morre. E achei feio, achei tristésimo, achei o corpo humano tão frágil, tão
perecível. Fiquei doente, estou fraco, frágil, choro pelos cantos. Voltei à terapia,
estou remexendo coisas fundas, dolorosas, meio perdido, com uns problemas
difíceis, materiais, de grana, de saúde, de solidão. E escolhendo não morrer,
escolhendo continuar, de uma forma ainda meio cega, tortuosa, não-racional.[...]
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Carta a Adelaide Amaral em 29 de outubro de 1984.
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