domingo, 24 de julho de 2011

Abstinência



Não dá para esquecer o brilho dos seus olhos
E muito menos o timbre forte de sua voz
Já não aguento mais ficar aqui sozinha
Rodeada de pessoas, mas mesmo assim, sozinha.

Outro dia pensei em como seria a nossa vida
Será que o nosso pacto de eternidade
Iria de fato se perpetuar?
Ou cada uma seguiria enfim, seus próprios caminhos?

Acordo pensando em desistir
Mas algo, ou até você, me força a suportar
A suportar essa dor, um dia mais.
E assim vivo, ou melhor, sobrevivo.

Eu realmente gostaria de dormir
E acordar onde você está
Poderia nem ficar muito
Bastaria apenas te ver

Desde o dia que partiu
Estou sem minhas doses diárias de você
E confesso, em abstinência estou.
Infelizmente não é uma abstinência comum

Abstinência essa que tira todas as minhas forças
Implanta lágrimas em minha face
Uma solidão amarga nos meus dias
E dor, muita no meu coração.

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