Dignamente incapacitada de ir além disso
Penumbra corta-me em tiras incessantes
Fazendo-me ajoelhar e adormecer onde estou
Laços e fitas flutuam no ar como se seguissem ritmos musicais
No céu as nuvens em suas varias formas e faces se montam
Pássaros que seguem em sua geometria particular
As folhas das árvores sendo regidas pelo vento se comprimem com agilidade
Sensação que tudo me observam, lêem meu pensamento
E cochicham entre si
Meu peito acelerado me avisa aflição
Minhas mãos gélidas, minha pele calva, olhos lacrimejados
Colocam-me entre a cruz e a espada dentro do latifúndio da minha própria alma
Sentimentos agora que não fazem sentido algum
Se existem é apenas confusão ou frustração
Minha vontade de gritar, é o que esta me deixando cada vez mais muda
E essa dor, de onde vem? Por que vem?
Fecho novamente meus olhos
Constelações de borboletas ilusórias pairam similares
O labirinto que corre em minhas veias se choca
Causando explosões que me abalam cruelmente
Essa sonolência perturbante não se ausenta
Talvez um dia ela resolva ir, ou me levar de uma vez...
Nenhum comentário:
Postar um comentário