quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sonolência perturbante ...

Dignamente incapacitada de ir além disso

Penumbra corta-me em tiras incessantes

Fazendo-me ajoelhar e adormecer onde estou

Laços e fitas flutuam no ar como se seguissem ritmos musicais

No céu as nuvens em suas varias formas e faces se montam

Pássaros que seguem em sua geometria particular

As folhas das árvores sendo regidas pelo vento se comprimem com agilidade

Sensação que tudo me observam, lêem meu pensamento

E cochicham entre si

Meu peito acelerado me avisa aflição

Minhas mãos gélidas, minha pele calva, olhos lacrimejados

Colocam-me entre a cruz e a espada dentro do latifúndio da minha própria alma

Sentimentos agora que não fazem sentido algum

Se existem é apenas confusão ou frustração

Minha vontade de gritar, é o que esta me deixando cada vez mais muda

E essa dor, de onde vem? Por que vem?

Fecho novamente meus olhos

Constelações de borboletas ilusórias pairam similares

O labirinto que corre em minhas veias se choca

Causando explosões que me abalam cruelmente

Essa sonolência perturbante não se ausenta

Talvez um dia ela resolva ir, ou me levar de uma vez...

(Emily Santana Limonges)

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