O sol sobre os seus olhos ressaltam o castanho cor de
liberdade.
Pudera eu te prender nos meus abraços e te enlaçar com meus
beijos.
Mas sua pele também tem cheiro de liberdade.
Queria mesmo fundir nossos corpos um no outro feito papel
camurça.
Penetrar nossos prazeres no mundo como se nada mais
importasse.
Seus braços parecem mais com asas de tão libertos.
Pentear seus cabelos com a ponta dos meus dedos.
Desfazendo toda essa bagunça da sua mente.
Mas eles, libertos, não aceitariam.
Beijar cada linha de seus pés rente sua raiz.
Provocar sentidos lúcidos até você suspirar.
Mas seus pés, esses sim, emanam liberdade.
Então mesmo que eu pudesse tê-la um dia, não daria.
Porque você transpira liberdade.
Cultua a liberdade.
Evoca liberdade.
Grita liberdade.
Goza toda sua notória liberdade.
E eu, com todas essas amarras e peso nas pernas, jamais
ousaria tirar-lhe isso.